Oscilo agora entre escrever uma news com
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ou a seriedade da notícia, da informação inequívoca.
Vou fazer os dois para talvez falhar em ambos.
Inspira:
Meu livro, Um prefácio para Olívia Guerra, é finalista do Prêmio São Paulo de Literatura.
“O prêmio é considerado o maior do país e a obra concorreu com outros 176 títulos nacionais, terminando entre os 10 finalistas.
O Prefácio foi lançado em 2023 pela HarperCollins Brasil e conta a história de Maristela e sua mãe, a poeta Olívia Guerra.
O livro é narrado por Maristela, que tinha apenas oito anos quando presenciou a própria mãe, até então desconhecida, saltar da varanda do apartamento onde moravam. Com o tempo e o reconhecimento póstumo da obra de Olívia, Maristela é convidada para escrever o prefácio de uma coletânea inédita de poemas da mãe.
Escrito com corpo, ritmo e alma pela escritora e atriz Liana Ferraz, é uma obra de trama e formato singulares que constroem a literatura brasileira e abrem portas para novas vozes e narrativas do nosso tempo.”
Aspas para Re, que escreveu o texto pra mim, pois, como disse antes:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Passei o dia tremendo e chorando. Pode parecer exagero, mas, juro, estava numa onda me levando pra um fundo de mar perigoso e lamacento. Um fundo de mar que conheço e (arrepios) não quero estar mais. Olha o que escrevi no dia anterior à notícia:
Entendem o buraco? Escrever não é só minha profissão. Escrever sempre foi o movimento que me organiza, que me coloca de pé. Desde que decidi ser escritora profissonal, escrever não é só para me colocar de pé. Escrever é imperativo para que eu mantenha a minha vida adulta funcionando. É preciso uma coragem que eu nem sei como tenho. Eu preciso dessa coragem TODOS OS DIAS. Não para escrever apenas, mas para bancar o texto escrito e tudo o que vem quando estamos falando de ofício. Quando esta coragem me balança, o prédio treme. Treme muito!
O prêmio me diz: pessoas estão te lendo. pessoas querem que você escreva. pessoas entendem que sua obra é relevante. isso é um farol! um resgate. e nos naufrágios como são úteis os resgates. Não é o prêmio somente. É um sinal de fumaça. Eu escrevo e isso é um: tem alguém aí? Aí eu sou finalista de um prêmio e escuto: tem. fica tranquila. nós estamos aqui.
Ufa.
Expira:
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
oxigênio. luz. bóia. água.
uma ilha de certeza. flutuante e rapidinha.
Ufa.
…
PS.: meu livro é bom e eu amo ter escrito esta obra. o prêmio é dele, não meu. doido isso, mas sinto assim.
Tá na promo, aliás. Não espera virar hit. Só vem: https://amzn.to/3XzHX6J
…
Parabéns, querida!! Que você consiga passar pelos momentos difíceis desse ofício com a dignidade de saber que, por mais que sua cabeça diga que não, você é (e muito) relevante. 🤍
Uau! Que grata surpresa te descobrir nesse espaço, ao alcance de uma mensagem com carácteres emocionados. Eu tive a sorte de esbarrar com a tua obra ano passado, me foi sugerida no Kindle e quando eu vi estava completamente tragada pra história! Foi uma leitura que me soava como um sussurro ao pé do ouvido, como se alguém me contasse segredos preciosos dentro de quatro paredes. Obrigada por essa obra e parabéns por tanto! Sim, estamos aqui. Te leio e te admiro!