Lianinha,
falo de 2022 e você tem 40 anos.
Espero romper o tempo, entrar no tal buraco da minhoca e te encontrar em 92, com 10 anos, prestes a viver o ano mais difícil da sua vida.
Espero chegar sussurrando como um ventinho bom que faz você fechar os olhos e ter fé no futuro.
Achei sua letrinha aqui, no gibi da turma da Mônica.
Você não acredita! Essa letrinha está agora na capa de um livro que vendeu milhares de cópias pelo país e muitas e muitas pessoas (tipo mais do que os habitantes da cidade onde você mora) visitam sua letrinha todos os dias para ver o que você escreveu hoje.
Nossa letra é a mesma. Assim como nossa obstinação, nossa esperança e nossa coragem muito silenciosa, mas valente que só vendo.
Talvez o Mauricio de Souza veja e saiba de você e da nossa história. E da sua mania de carimbar o mundo com a nossa letra. Mania que carrego comigo e que me dá colo.
Nossa letrinha, sua dor, nossa resiliência, nosso amor, o amor que sentem por nós, nos trouxe até aqui cheias de universos povoados por multidões de sentimentos e invenções.
Cecília Meireles continua com você. Ou isto ou aquilo virou isto e aquilo, por que você se lança em muitas coisas ao mesmo tempo.
Agatha Christie é sua companheira de editora agora.
Você conversa sobre projetos com o filho da cantora de Corujinha, que te faz chorar.
Ontem você estava num evento numa loja no shopping onde tomava sorvete de baunilha do Mc Donalds.
Esse ano, sua letra vai estampar vitrines por aí, naqueles lugares em que você sempre arregalou os olhos sonhando pertencer.
Ai, Lianinha, como é linda sua letrinha!
Como é linda nossa história!
...
Agradeço a todas as pessoas que me lêem e espalham por aí minha letra, meus sonhos.
#futuro #paralercomcalma
*Se você me acompanha em outras redes, já deve ter visto esse texto. Sim, publiquei em TODOS os lugares. Além dele ser super importante pra mim, quero que chegue ao maior número de pessoas possível.
InDica
Para ver:
A segunda temporada de The White Lotus acabou no domingo, dia 11 de dezembro. Imperdível essa série!
Para ler:
Vamos comprar um poeta, Afonso Cruz, Editora Dubliense. Simplesmente fantástico! Didático, lúdico, distópico. A meu ver, leitura obrigatória para pensar sobre arte, cultura e subjetividade.